09/05/2014

Faculdade de Design


Você decidiu que vai fazer faculdade, mais especificamente uma faculdade de design! E agora, o que esperar destes próximos 4 anos?



Bom, ao escolher design a primeira coisa que você precisará aprender é ter paciência para explicar para seus parentes o que sua profissão faz... e mesmo assim todos vão estar com aquela cara de interrogação. É NORMAL!!

Para vocês conheceram um pouco mais sobre a profissão, não tem maneira melhor do que ouvir quem está participando deste momento, então escolhemos alguns estudantes para contarem um pouco sobre a própria experiência e temos certeza que vocês vão se identificar, vem conhecer eles!

Mayara Furuse 

Sempre tive muita afinidade com a área criativa, principalmente com criação digital. Desde o começo da minha adolescência comecei a me interessar por manipulação de imagens, criação de layout sempre gostei muito de compor e criar as artes, descobrir mais sobre tecnologias e buscar tendências de diversas áreas. Sou do tipo que compra o produto por ter ficado fascinada pela embalagem e não necessariamente sempre pela funcionalidade (principalmente frascos de perfume, ha). No momento de decidir o curso de graduação não tive dúvidas: design. Dentro da gama de direcionamentos do design pesquisei muito até descobrir que melhor me enquadrava no curso de Design do Produto, por abranger basicamente um pouco de todas as áreas do design. Me enchia os olhos ver e imaginar o quanto poderia explorar do meu potencial e quantas possibilidades existiam dentro desse universo. 

Agora cursando o último ano posso afirmar que é necessário completo empenho pessoal, é preciso ser multitarefas e estar ligado a todos os universos, desde tendências de moda, arte, arquitetura, decoração, tecnologias a lifestyle, não é o tipo de carreira que se aprende apenas decorando uma apostila, depende completamente de você. Depois de me formar pretendo realizar alguns cursos no exterior para ter um conhecimento mais amplo quanto a pesquisa de tendências e comportamento.

Estou no segundo ano de estágio no departamento de Color&Trim na Ford, a área responsável pela seleção das cores, acabamentos e materiais dos automóveis. Sem sombra de dúvidas essa oportunidade foi essencial para o meu aprimoramento como designer, abrindo um leque enorme de possibilidades. Ter contato e vivenciar a carreira na prática me fez ter ainda mais certeza de que fiz a escolha certa há 5 anos atrás enquanto realizava minha inscrição no vestibular. Definitivamente é a área que pretendo seguir e que me fez entender a clássica frase “trabalhe com aquilo que gosta e não terá que trabalhar um dia sequer na vida”.


Marina Lins 

Estudo Design do produto e escolhi esse curso por dois motivos: gosto e influências.
Começou pelo meu avô, que fazia desenho industrial e caldeiraria, ele fazia peças a mão, as desenhava e fabricava. Só que eu não cheguei a conhecê-lo, mas meus pais sempre me falaram dele e me mostravam os trabalhos que fazia e muitos livros que usava como base, e sempre achei demais o que ele fazia. Agora o gosto, eu cheguei a fazer curso de design de interiores só que eu sempre gostei e gosto da liberdade de poder criar algo e ver o produto pronto, e desde cedo eu achava esse processo intrigante, me perguntei varias vezes dentro de lojas como aquele produto foi feito e quem o criou.

Eu quis descobrir e vivenciar a experiência e amo o que faço. Sou ainda mais ligada a parte de ilustração e protótipos e ser for de joias, pra mim é maravilhoso. 

Estou no último ano e me sinto muito confiante, quero meu próprio negócio de joias. O 4° ano é bem puxado, pois o tcc é um projeto gigantesco por trás de tudo. Ver um produto pronto, criado pelo seu grupo é uma sensação muito esperada e gratificante. Está tudo muito corrido, mas estão sendo feitos com muita satisfação.

Pedro Gallina

Por muito pouco não escolhi outra carreira. Passei o ensino médio inteiro me preparando para os vestibulares de medicina, mas, infelizmente (ou felizmente) não consegui ingressar em nenhuma universidade. Hoje acredito que tive sorte de não ter conseguido. Após o insucesso em todos os vestibulares e o começo de um novo ano, era hora de retomar os estudos e definir o que iria fazer da minha vida. Foi então que decidi mudar as coisas, ouvir a voz que sempre esteve dentro de mim e procurar uma área que sempre fui fascinado: o design!

Fiz algumas pesquisas, leituras, consultas com amigos que faziam o curso e visitei algumas universidades. Mesmo sem muita noção do que era o design fica cada vez mais apaixonado com tudo que descobria. No começo, assim como muitos, acreditava que a função do designer era fazer coisas bonitas e viver rodeado de glamour, quase que como um artista. Mas depois de algum tempo no curso, aprendi que essa não é a função principal do designer.

Falando ainda sobre os vestibulares, fui aprovado em algumas universidades, mas acabei escolhendo a Mauá por alguns fatores: Em primeiro lugar pela proximidade e disponibilidade da Coordenadora do curso Prof.ª Me. Cláudia Alquezar Facca, que me atendeu pessoalmente na visita que fiz e me tirou várias dúvidas em relação ao curso. Em segundo lugar pela quantidade de disciplinas teóricas na grade do curso; acredito que elas são fundamentais na formação de um bom designer. Por último, a proximidade da universidade com a minha casa.

Eu acredito que essa bagagem teórica sobre processos, materiais e tecnologia é fundamental para a formação de um designer preparado para o mercado. Creio também que ter uma disciplina de projeto em todos os semestres é algo muito benéfico pois são nelas que você pode aplicar todo o conhecimento adquirido e criar novos produtos.

Juliana Corrêa

Por que design de produto? Difícil essa. Não me lembro da primeira vez que ouvi falar do curso, mas fiquei seduzida por seu universo logo de cara. Um dos motivos, entre inúmeros, é a possibilidade de criar coisas e vê-las sendo usadas, coisas que interagem e interferem diretamente na vida das pessoas. Lembro-me de ficar analisando embalagens, moveis e outros produtos tentando entender suas formas.

Quando finalmente comecei o curso percebi que tudo era muito maior do que eu pensava, não só pelas habilidades que precisava adquirir, mas principalmente pela complexidade. Tenho um professor que sempre diz “para ser um bom designer você precisa acreditar que pode saber tudo sobre tudo e nunca parar de buscar isso”. É estranho pensar assim, mas concordo porque qualquer peça que desenvolvermos é influenciada pelo meio ao seu redor, tendências de moda, tecnologia, aspectos socioeconômicos, guerra, depende do universo do usuário alvo. Também somos incentivados a estudar filosofia, antropologia, psicologia e outras áreas que estudam a mente e o comportamento humano. Algumas pessoas pensam que design é só forma e função, mas isso é só a ponta do iceberg. Buscamos entender a relação de cada tipo de usuário com o produto, sua necessidade e impacto no cotidiano.

Falando em usuário, uma coisa legal de mencionar é que apenas o design trata o consumidor final como usuário, projeta pensando em sua experiência física e emocional.

O design é solução, em seu sentido mais amplo. Pode ser um shape para a nova geração de algum carro, uma estrutura que substitua o gesso para membros fraturados, um balão condensador de água para regiões de seca ou um serviço médico.

Agora, cursando o quarto ano confesso que ainda não me decidi sobre qual área seguir. São muitas as possibilidades, mas todas exigem muito esforço. Vou me permitir experimentar, pode ser que eu acabe trabalhando com algo que nem saiba que existe hoje.



E aí pessoal, o que acharam do curso e dos depoimentos? Já conheciam o curso? Conta pra gente aqui nos comentários ou pelo nosso twitter @desenrolah

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